quarta-feira, 5 de junho de 2013

Diálogo sem deficiência: Oficina estimula os cinco sentidos de participantes




A Faculdade de Educação da UEMG promoveu  nesta terça-feira, 4, a oficina Educação Especial: Estratégias Pedagógicas Mediadas por Tecnologias. O evento é uma realização do projeto de extensão da bolsista Tatiane Medeiros, coordenado por Maria Esperança de Paula e sub-coordenado por Cacilda da Silva Rodrigues.

A oficina funcionou em duas etapas. A primeira foi no laboratório, onde os participantes conheceram algumas técnicas de acessibilidade utilizando o software Microsoft Word. Além disso, aprenderam a produzir pranchas educativas que facilitam a educação das pessoas com deficiência por meio de associações. A prancha é um material de comunicação alternativa, usado para facilitar a aprendizagem do aluno com deficiência.

Cacilda Rodrigues, sub-coordenadora do projeto, falou sobre essa etapa da oficina: “É uma parte importante porque quem participou da nossa palestra viu modos diferentes e facilitadores no processo de inclusão desse aluno na sociedade.”

Já na etapa sensorial, ao ar livre, a dinâmica oferecida pela oficina foi a de colocar os participantes vendados, como se não tivessem o sentido da visão: “Nossa intenção foi sensibilizar e mostrar a eles como é a vida das pessoas que não enxergam”, afirma Cacilda.

Por mais de meia hora sem a visão, os participantes tiveram os sentidos do tato, do paladar e olfato aguçados. Experimentaram frutas sem saber quais eram. Tocaram objetos e ainda cheiraram pó de café e chocolate em pó.

Segundo a aluna do 5º período de Pedagogia da FAE, Aída Barbosa de Aguiar, esse tipo de experiência vai ajudar na sua formação. “São materiais simples, do nosso dia-a-dia e, às vezes, a gente não percebe a riqueza de cada um. Tudo o que vi foi novidade, foi interessante”, comenta a estudante.

A também aluna de Pedagogia, mas do 7º período, Simone Antunes, participa novamente desse tipo de atividade. “Na outra vez, a dinâmica oferecida nos fez perceber a vida de um cadeirante. Hoje, a vida daqueles que não enxergam. Esse tipo de experiência é enriquecedor. Nós devemos nos esforçar para conseguir incluir o deficiente na sociedade”, afirma Simone.

O projeto não se resume à Semana UEMG. A sub-coordenadora Cacilda disse que as atividades vão se intensificar durante o ano todo, afinal, o diálogo com os deficientes deve existir e a troca de saberes é algo indispensável para a sociedade.

Texto Rafael Del Giudice
Foto: Even Vendramini
Agência Inova – UEMG Frutal

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