
“A educação nunca mais será a mesma. (…) Daqui a 20 anos, os campi
universitários não contarão mais com salas de aulas lotadas. Os
estudantes farão exercícios online e assistirão a vídeos nos dormitórios
deles, e só voltarão ao campus para discutir com seus professores e
colegas”, afirmou Agarwal, durante o Transformar 2013, evento em São
Paulo que reuniu educadores e especialistas da área, na quinta-feira.
Presidente de instituto criado por Harvard e MIT diz que a internet revolucionará formato das universidades
Criado no ano passado, o edX contou com investimentos de US$ 60
milhões (cerca de R$ 120 milhões), para oferecer gratuitamente cursos de
algumas das principais universidades do mundo, em diversas áreas de
conhecimento (exatas, biológicas e humanas) – e a expectativa é ampliar o
número de universidades parceiras no sistema.
Segundo Agarwal, uma das maiores diferenças entre a plataforma criada
por eles e o sistema tradicional de
ensino à distância é a
tecnologia
empregada: pela internet, o aluno não só assiste a vídeos tutoriais e
às aulas transmitidas por meio de infográficos interativos, como são
testados a cada etapa – e recebem um feedback imediato do desempenho –, e
podem tirar dúvidas com professores e alunos em fóruns de discussão.

Ainda de acordo ele, a tecnologia existente hoje permite, inclusive, a
correção de redações por meio dos computadores, cujo resultado da
avaliação sai na hora. Embora pareça estranha a ideia de uma máquina
avaliar a qualidade de um texto dissertativo, o professor garante que
testes demonstraram que a diferença entre a nota concedida por um
professor e a avaliação do computador é muito pequena.
“É como num vídeo game. Se ele recebe um feedback na hora, vai
continuar tentando até acertar o resultado correto”, explicou o
professor de ciência da computação do MIT.
Capacidade
Para o idealizador da plataforma, a maior vantagem que ela oferece é a capacidade de alcance da ferramenta e seu perfil de “democratizador da educação”. Em número de alunos, o Brasil só perde para os Estados Unidos, a Índia e o Reino Unido.
Para o idealizador da plataforma, a maior vantagem que ela oferece é a capacidade de alcance da ferramenta e seu perfil de “democratizador da educação”. Em número de alunos, o Brasil só perde para os Estados Unidos, a Índia e o Reino Unido.
“É um sistema muito mais democrático. Nós não temos um processo
seletivo de alunos, o que permite que qualquer um se inscreva. Veja o
que acontece com Harvard, por exemplo, onde apenas 6% dos alunos que se
candidatam a estudar lá conseguem entrar”, compara.

Embora a maioria dos inscritos sejam adultos (com mais de 25 anos)
interessados em dar continuidade aos estudos, e cerca de 45% sejam
universitários com idades de 18 e 25 anos, o sistema atrai estudantes do
ensino médio e tem se mostrado eficiente também para revelar “novos
gênios”, como um adolescente de 15 anos da Mongólia que acertou 100% dos
testes de um dos cursos oferecidos pelo instituto de tecnologia pela
web. “Estamos descobrindo novos gênios a cada dia, no mundo todo”,
afirma.
Fonte: Portal TERRA
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